o erro

mea culpa. era meu o esconderijo - errei ao partilhá-lo contigo e paguei caro.


é meia-noite todo o dia e não tenho para onde fugir. lugar nenhum! nem os meus destroços para trepar nem uma vaga que sacuda o que resta de ti.

não calculei que ao pisares aquela areia irias infectar todas as praias e que o esconderijo seria hoje amplificador simultâneo do teu cheiro.

como tu, também eu fugi! sabes que tentei o antídoto...mas a química não perdoa, amor. o planeta é um majestoso organismo vivo e tu mudaste-o. se as ondas que dançam comigo têm a tua seiva, e o próprio sal é do teu, pergunto-me porque não me olhas com esses olhos verde-científico.