A Revolução é o Amor dela

O circulo que estava formado. A Resistência. A palavra que nos encosta à parede ainda antes de a língua tocar nos dentes. A Resistência em fazer parte da Resistência. E o Sol. O Sol que aquecia a pedra onde nos sentávamos. Era um circulo cinzento. Era um circulo pobre que ainda não te vira chegar.

E rendi-me quando chegaste. Que força. Que alma. Quantos imperadores esse sorriso fez cair? Quem és? perguntei eu anos a fio enquanto falavas. É ela o Amor na Revolução, soltaram os meus lábios imprudentes. E a Revolução é o Amor dela. E eu. Eu ali indefeso, encostado à parede. Queria que a Guerra terminasse e pudesse render-me ao teu sorriso todos os dias, para sempre, e que os relógios fossem obsoletos. Rendi-me, rendi-me.